A saúde mental da pessoa idosa na pandemia

A saúde é definida como: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” – Organização Mundial de Saúde (OMS). Desta forma, a startup Helpmy, participante do SEED MG, nos ajuda a pensar na diferença de gerações em casa no momento de isolamento e, sobretudo, a saúde mental da pessoa idosa de forma ampla.

A startup considera nessa observação os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, gênero, psicológicos e comportamentais, moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego, para desta forma ajudar e tratar uma pessoa que está com algum transtorno mental.

Na atual situação em que o mundo se depara com a pandemia da covid-19 o risco de sofrimento mental se torna uma situação delicada e são recorrentes os sentimentos de angústia, impotência, medo, ansiedade, estresse, incertezas e inseguranças. Tais sentimentos são normais e legítimos diante deste momento, portanto algumas pessoas podem apresentar um sofrimento mais intenso, sendo necessária uma avaliação e acompanhamento profissional.

O que é “normal”?

O medo permeia todas as pessoas nestes momentos e principalmente os idosos por serem um grupo de maior vulnerabilidade, o medo de adoecer, precisar de uma internação e até morrer. O medo de perder algum ente ou pessoa querida, medo da insegurança financeira, de transmitir o vírus a alguém, entre outros, levando a quadros de irritabilidade, angústia, tristeza, alterações no padrão do sono e padrão alimentar, podendo levar a diversos conflitos interpessoais.

O que devemos estar atentos e merece uma avaliação de um profissional de saúde?

Os familiares e amigos devem estar atentos a alguns sinais e sintomas que se tornam persistentes e acabam interferindo nas atividades de vida diária da pessoa idosa, tais como: sofrimento intenso, ideação suicida, dificuldades profundas na vida familiar, social ou no trabalho, alteração no quadro de depressão, ou transtorno mental grave, estresse pós-trauma ou o uso exagerado de álcool e outras drogas.

Atenção a alguns sinais importantes:

 – Desanimo: não quer se levanta da cama, não quer tomar banho, não está conversando muito.

– Agitação.

– Desorientação.

– Alteração de comportamento e dificuldade no autocuidado.

– Deixa de fazer atividades antes prazerosas;

– Isolamento social: não quer sair do quarto, evita convívio familiar e social;

– Alteração no padrão alimentar e no sono;

– Uso abusivo de tabaco, álcool, outras drogas

 

Como dar atenção aos idosos que estão em nossa casa para que se mantenham bem em isolamento?

O isolamento social, em alguns casos, já fazia parte da vida da pessoa idosa, muito antes da pandemia e certamente já impactava negativamente em sua saúde mental. A pandemia acelerou o processo do contato online, então é fundamental que amigos e familiares mantenham o contato e os laços afetivos através das redes sociais ou contato telefônico. Por isso:

– Estimule o autocuidado e manutenção de suas atividades de vida diária;

– Cuide da saúde mental e psicossocial da pessoa idosa;

– Cuide da alimentação e da hidratação;

– Evite uso excessivo de tabaco, álcool e outras drogas;

– Diálogo: compartilhe experiências boas, positivas, tenha todos os dias um período para conversar e ouvir o idoso.

– Faça videochamadas com as pessoas queridas;

– Compartilhe com o idoso apenas informações de qualidade;

– Qualquer sinal de piora das patologias, ansiedade, agitação ou prostração, não demore em procurar ajuda médica.

 – Ofereça atividades novas, como usar a internet e viajar pelo mundo através do computador;

 – Ofereça escuta de qualidade;

 – Incentive a autonomia e independência;

 – Pratique meditação e a espiritualidade;

 – Mantenha uma comunicação simples e afetiva contando a pessoa idosa sobre o que está acontecendo, de acordo com sua capacidade cognitiva e seu grau de entendimento.

 

Sobre a Helpmy:

A startup surgiu em 2018 com o desafio de solucionar o cuidado do idoso frágil no Brasil. Dessa forma, a proposta da startup é utilizar a inteligência artificial para encontrar os melhores cuidadores disponíveis para atendê-lo. A contratação e o agendamento são feitos diretamente no aplicativo.

 

Referências Bibliográficas:

FIOCRUZ. Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia do COVID-19- Violência Doméstica e Familiar. Brasília, 2020.

FIOCRUZ. Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia do COVID-19- Recomendações gerais. Brasília, 2020.

Guia sobre saúde mental e atenção psicossocial diante o cenário de pandemia da Covid-19. Belo Horizonte, 2020.

Saude mental e atenção psicossocial frente á pandemia do coronavírus. Governo do Estado de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Saúde.

 

Entrevista concedida pela Helpmy para Júlia Fernandes, do time de comunicação e marketing da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa – Fundep

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