SEEDMG reforça BH como a capital brasileira das startups

A cidade abriga pela terceira vez o programa que incentiva e investe em projetos inovadores

“Belo Horizonte entrou para o mundo das startups muito antes de grandes metrópoles brasileiras, como Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Em meados dos anos 2000, o Google comprou uma empresa de buscas criada por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), difundindo o movimento de startups, antes conhecido principalmente nos Estados Unidos. A partir daí, BH reuniu pequenas empresas e empreendedores com ideias que se desenvolvem rápido e ganham espaço no Brasil todo. Atualmente, a capital mineira é reconhecida na América Latina pela comunidade San Pedro Valey, que abriga mais de 200 startups.

Em resposta a esse reconhecimento e com o objetivo de expandir o lado empreendedor do estado, o Governo de Minas Gerais criou o Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (SEED), programa de aceleração de startups que seleciona ideias e projetos para investir e desenvolver durante seis meses, com suporte de empresas aceleradoras e mentorias personalizadas. Duas rodadas já foram realizadas, em 2013 e 2014, totalizando 73 startups mineiras e estrangeiras impulsionadas que geraram mais de R$ 10 milhões em investimentos.

A terceira edição do programa ganhou um novo local, no Espaço Cento & Quatro, equipado com salas de reuniões, escritórios compartilhados e área de lazer para os empreendedores trabalharem na etapa prática dos projetos. Neste ano, de 1453 inscritos, 40 startups foram selecionadas, sendo 20 de Belo Horizonte, dez de outras cidades brasileiras, como Florianópolis (SC), Arapongas (PR), Brasília (DF), Campinas (SP), Recife (PE) e Natal (RN), e dez estrangeiras das cidades de Chicago (EUA), Santiago (Chile), Valparaiso (Chile) e Buenos Aires (Argentina). Entre os setores de atuação estão Saúde e Biotecnologia, TI e Software empresarial, Educação, Mídia, Finanças, Educação, Automotivo, Comércio Eletrônico, Turismo, Aeroespacial, Propriedade Intelectual e Eventos.

Para participar do programa, as startups recebem um valor de capital semente e retornam 5% de contrapartida para o governo. A primeira etapa é composta pela semana de diagnóstico, com reuniões de uma hora e meia entre empreendedores e agentes aceleradores para enquadrar os conteúdos de cada projeto.

No decorrer dos seis meses, palestras, mostras e encontros sobre empreendedorismo e inovação serão oferecidas ao público no Espaço Cento & Quatro, com o intuito de envolver (ainda mais a comunidade de Belo Horizonte no mundo das startups.

Encerrando o ciclo, o Demo Day do SEED apresenta todos os níveis alcançados pelas startups na presença de investidores e grandes empresas. A intenção do evento é que todas elas estejam no mesmo grau de maturidade ao final do programa.

DE GOIÂNIA PARA BH

O piloto mineiro e coordenador da startup PLANODEVOO.NET, Vinícius dos Anjos, voltou de Goiânia (GO) para BH para participar do programa junto com seus parceiros Ana Raquel, da área de marketing, e Toni Azevedo, responsável pelo relacionamento externo. O trio trouxe o projeto desenvolvido há cinco anos na capital goiana: um planejamento digital de voos. A ideia surgiu de uma necessidade do próprio piloto em planejar melhor suas rotas sem depender dos mapas físicos, em papel. Junto com o irmão,Fabrício, que é programador de sistema, Vinícius criou a plataforma que foi bem recebida no mercado de aviação. A ferramenta possui, atualmente, uma base de 40 mil usuários.

Ana Raquel se juntou ao projeto para desenvolver estratégias da campanha do financiamento coletivo e foi ela quem apresentou o SEED ao grupo. Mesmo com um bom recurso arrecadado, era preciso monetizar a ferramenta. “A oportunidade que a gente viu no SEED foi justamente disso, de poder centralizar todos os conhecimentos para lançamento da empresa, para a monetização, que era um ponto que não tinha ainda evoluído”, explica Ana. O projeto vai agregar informações como distância, direção, condições do tempo, paradas para abastecimento, locais para abrigar a aeronave após o pouso, e estimativa do consumo de combustível, que ainda não eram centralizadas em um único programa.”

Fonte: Matéria do SOU BH

24 de junho de 2016

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