Um único sistema eletrônico para gerenciar, por meio de IoT, a passagem de líquidos e gases super-resfriados, chamados de criogênicos. A Siatel – startup participante desta edição especial do Seed – apresentou essa inovação no Desafio da Air Liquide Brasil e levou o primeiro lugar.
A Air Liquide Brasil é líder mundial em gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde. O desafio apresentado foi desenvolver um projeto de tecnologia wireless para controle de vazão e temperatura em sistemas de distribuição de líquidos e gases super-refrigerados (criogênicos).
Thiago Araújo – um dos sócios-fundadores da Siatel – conta para gente esta conquista, que é resultado de mais de cinco anos de atuação em soluções tecnológicas por meio de IoT e módulos eletrônicos próprios.
Seed: Qual a solução apresentada no Desafio da Air Liquide Brasil, seu diferencial?
Thiago Araújo: Apresentamos o projeto de centralizar, em plataforma única, todo o sistema para controle de vazão e temperatura em sistemas de distribuição de líquidos criogênicos com acesso e gestão remota em tempo real.
Seed: Fale um pouquinho sobre a Siatel.
TA: É uma startup que foi fundada em 2015 com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas usando IoT e módulos eletrônicos próprios. Nós projetamos e fabricamos módulos eletrônicos customizados que permitem automatizar processos e monitorar em tempo real máquinas, frotas, locais, entre outros.
Também temos uma área de prototipagem que atende a demandas internas e de outras startups e empresas que precisam desenvolver ou customizar algum hardware próprio e peças plásticas para suas soluções (produzimos peças plásticas por injeção para pequenos e grandes volumes).
Seed: Quais são os próximos passos?
TA: Vamos elaborar a especificação e o desenvolvimento da solução, que será homologada pela equipe técnica da Air Liquide Brasil e, na sequência, validada em campo por uma prova de conceito (POC).
Seed: Onde a solução será implementada?
TA: Em uma das unidades da Air Liquide no Brasil para a etapa de POC. Após essa fase, a solução será implantada nas unidades Air Liquide do Brasil, depois LATAM e, no início de 2022, faremos uma apresentação do projeto no principal centro de pesquisa e desenvolvimento mundial da Air Liquide que fica em Paris, com a possibilidade de distribuir a solução para mais de 80 países se homologado por esse centro. Além disso, mostraremos ao grupo que o Brasil pode desenvolver tecnologia de ponta que seja viável para suas operações e isso abrirá caminho para diversas outras tecnologias brasileiras serem aprovadas por eles.
Seed: Quais são os resultados esperados com a sua implementação?
TA: Criaremos um sistema robusto e confiável para controle de vazão de líquidos criogênicos que permitirá a gestão e configuração remota das operações em tempo real.
Seed: Qual a sinergia deste desafio com o Seed e o ecossistema de inovação?
TA: A nossa área de prototipagem pode atender a diversas startups com o desenvolvimento de hardware eletrônico e de peças plásticas customizadas. Acreditamos que esse trabalho vai resolver a dor de muitos empreendedores que estão no início de suas operações, além de aumentar consideravelmente o número de produtos que envolvam hardware lançados pelas startups.