“Caso o ambiente não seja favorável, vá lá e arrume as condições”

“Caso o ambiente não seja favorável, vá lá e arrume as condições”

Nascido em Balsas, cidade com 90 mil habitantes no interior do Maranhão, filho de um mineiro e de uma maranhense, Rômulo Martins aprendeu o sabor do trabalho e o prazer de empreender desde muito cedo. O empresário está à frente da Niduu, plataforma de ensino a distância com missões curtas de cinco minutos para capacitação de funcionários e colaboradores. Ele participa, em Belo Horizonte, de um programa de aceleração para deixar seu projeto ainda mais redondo.

Pai de Maria Clara de 10 anos e do pequeno Joaquim, de três, esse simpático empreendedor construiu sua trajetória com muito esforço e estudo.Aos 16 anos já desenvolvia sites em sua cidade natal e aos 21 anos começava seu mestrado. A paixão pela educação veio crescendo e transformou sua vida. Hoje, com 33 anos, Rômulo está envolvido com sua startup Niddu e já tem clientes em vários estados brasileiros.

A história de sucesso começou quando ele tinha apenas 12 anos. A veia empreendedora herdada dos pais e avós – comerciantes no Maranhão e Goiás, produziu um profissional resiliente e com imensa capacidade de aprender e dar a volta por cima. Quando era criança desenhou e imprimiu cédulas de votação para uma eleição em sua escola – já demonstrando sua capacidade de resolver problemas e aceitar desafios mesmo com escassos recursos tecnológicos da época. Perseverante e com a certeza de que o estudo é o mais potente motor de transformação, defendeu sua tese de doutorado com apenas 31 anos. Sua vocação de empreender aliada à sua vontade de ensinar está mudando a vida das pessoas e das empresas em todo o país.

Em 2014 criou a startup Infortask que abarcou quase 200 clientes no Brasil e em 2016 se tornou presidente voluntário do movimento de Startup Maranhão com o intuito de contribuir diretamente com o ecossistema. Alguns anos depois, a certeza de que seria um empreendedor de sucesso reencontrou seu amigo de infância, Júnior Mateus, responsável pelo RH e TI do Grupo Mateus no Maranhão (6ª maior rede supermercadista do Brasil). Júnior Mateus começou a se aproximar do ecossistema de startups e juntos criaram a Niduu, hoje com 12 clientes de grande e médio porte em seu portfólio e faturamento no último trimestre deste ano que ultrapassa R$ 50 mil.

Foco, adaptabilidade e resiliência são atributos que Rômulo considera fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. “Para dar resultado tem que ter foco.” A paixão, segundo ele, precisa vir do propósito, não da ideia. “A solução vai mudar com o tempo, é inevitável, mas o propósito permanece”, finaliza.

Enquanto muitos esperam o momento perfeito para começar a tirar as ideias da cabeça e colocar no papel, o empresário vai lá e fez. Ele acredita que se o ambiente não lhe dá condições você precisa criar as condições.

A Niduu – educação por meio da gamificação

A proposta da startup é alcançar a todos nas empresas, independente do cargo ou formação, oportunizando o aprendizado a qualquer hora e lugar nos smartphones para essas pessoas, já que muitas entram e não tem o conhecimento necessário em função do nosso sistema educacional.

A Niddu quer mudar a vida das pessoas que estão marginalizadas na educação. Milhões de pessoas recebem treinamento somente quando entram para o quadro de funcionários das empresas e depois são esquecidas. São pessoas que não têm acesso à educação e orientação para dar os próximos passos.

Para Rômulo, a educação de hoje tem dificuldades para engajar o aluno. “A motivação é um dos pilares para gerar resultados”, conclui. Com o aplicativo desenvolvido por seu time de mais de 25 colaboradores é possível rastrear a aprendizagem do colaborador e, assim, melhorar o seu desenvolvimento pessoal e até propiciar promoções dentro das empresas.

A Niduu quer mudar a vida dos colaboradores. Milhões deles recebem treinamento somente quando entram para o quadro de funcionários ou nos treinamentos obrigatórios das empresas e muitas vezes são esquecidos. São pessoas que precisam de acesso à educação e orientação para dar os próximos passos na busca de se manter em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Dicas para quem vai começar a empreender

Perguntado sobre quais dicas ele poderia dar para quem quer começar ele é enfático. Estudar muito! ou melhor: estudar e aplicar. “Botar a cara e validar a ideia. Assim você vai  entender o que é validação e assim prosseguir. A gente não sabe de nada sem validar, antes disso, tudo são hipóteses”, finaliza. Outra dica é buscar um time dedicado e excelente que sonham com o mesmo propósito. Isso faz os projetos acontecerem. Rômulo acredita que a educação pode transformar o país e permitir o desenvolvimento das pessoas.

Via Simi.

#PerfilEmpreendedor – “Abrimos uma startup para tirar as pessoas com deficiência da invisibilidade”

#PerfilEmpreendedor – “Abrimos uma startup para tirar as pessoas com deficiência da invisibilidade”

Por Renato Carvalho/SIMI

conexão SEED e SIMI-01 (1)

Mesmo com a tecnologia bastante avançada, muitas pessoas com deficiência (PCD) sofrem com dificuldades, em todo o mundo, no seu dia a dia. Aqui no Brasil uma startup trabalha para a fazer a diferença e ajudar na inclusão dessas pessoas.

Geraes Tecnologia Assistiva, fundada por Adriano Assis, de 36 anos, desenvolveu um teclado que se conecta ao computador e que permite que pessoas com deficiências motoras consigam se comunicar. O aparelho substitui o teclado e mouse convencionais e atua a partir de combinações de comandos para formar letras e ações. Quer saber mais sobre a história da startup? Então leia a entrevista de Adriano para o #PerfilEmpreendedor desta semana:

SIMI: Explique o que faz a Geraes?
Adriano: A Geraes é uma startup que fundamos em 2009 para desenvolver tecnologias que pudessem dar autonomia para pessoas com deficiência. O primeiro produto que lançamos na empresa foi um sistema que ajudava cegos a pegar ônibus sozinhos. Os quatro primeiros anos da empresa foram dedicados a essa tecnologia, que chegou a ser instalada em algumas cidades do Brasil. Mas como o cliente único era sempre o poder público, era muito difícil para uma startup se manter. Então de 2013 para 2014 começamos a desenvolver uma tecnologia voltada para um outro público: com deficiências motoras. São pessoas que não conseguem se mover ou se comunicar. Desenvolvemos uma tecnologia que permitiu que essas pessoas pudessem usar o computador. Essa foi a origem da segunda fase, na qual a empresa se encontra hoje.

SIMI: Como funciona a tecnologia?
Adriano: Desenvolvemos um teclado que permitia que pessoas pudessem usar o computador com as mãos ou com os pés, ou até mesmo com o piscar dos olhos. Era um painel que substituía não apenas o teclado, mas também o mouse, para que essas pessoas que não têm uma coordenação fina e que não conseguiam, portanto, usar um teclado e um mouse convencionais, pudessem ter acesso a qualquer computador com total autonomia. Com base nesta tecnologia, criamos o TiX, um equipamento ligado ao computador e que permite total controle da máquina. A tecnologia virou não apenas um produto, mas uma central de uma solução ainda maior, que se propõe não apenas a permitir que pessoas usem computador, mas incluir alunos com deficiência na educação. Permite, também, fazer terapias de reabilitação com pacientes com deficiência.

SIMI: Como surgiu essa dor? Como chegaram a essa solução?
Adriano: Na verdade, isso foi uma ideia bem legal. Nós já tínhamos a startup desde 2009 e estava pelejando com esse sistema para cegos pegarem ônibus. A empresa estava quase fechando as portas. Em 2013, eu já tinha até colocado uma linha, já que no final daquele ano completaríamos cinco anos de existência e a tecnologia não estava indo bem. Só três cidades estavam rodando o sistema, o que era muito pouco para uma empresa de quase cinco anos. Então, com as últimas moedas no bolso, fui participar de uma feira internacional de tecnologia assistiva, em São Paulo, e lá quase nada deu certo. Mas o que deu muito certo foi que acabei conhecendo, por acaso, um cientista da computação mineiro que nasceu com paralisia cerebral. Ele visitou meu estande, me abordou e eu não entendia o que ele dizia, porque a fala dele era muito comprometida, assim como os movimentos. Depois de muita peleja, um amigo traduziu o que ele dizia. Ele era formado em ciência da computação e tinha desenvolvido um protótipo de um teclado para pessoas que têm deficiência como a dele. Ele explicou que se formou com auxílio de um capacete com uma ponteira, usando a testa para poder digitar. No final da graduação, ele criou um conceito de teclado que tinha poucas teclas, mas que ele poderia digitar e fazer combinações com botões grandes. Ele me explicou sobre isso e eu o convidei para vir a Belo Horizonte para me mostrar exatamente isso. Ele me mostrou o protótipo e a gente – eu e meu sócio Júlio, na época professor da UMFG – começou a ajudar o Glayson para melhorar o protótipo para que ele pudesse usar. O protótipo era muito rudimentar, então começamos a usar nosso tempo livre para ajudá-lo. Nossa empresa já tinha data para fechar. Não tínhamos intenção de lançar aquilo como produto de mercado, já que não tínhamos dinheiro. Nesse meio tempo, o Glaysinho me mandou um e-mail dizendo que havia um prêmio nacional de inovação em tecnologia assistiva, oferecido pela Finep. Ele perguntou se poderíamos inscrever o teclado. Li o regulamento e vi que não dava para inscrever o teclado, porque nesse prêmio só podia se inscrever inovações que estivessem no mercado há pelo menos três anos. Mas nosso sistema para cegos já havia sido instalado na primeira cidade há três anos. Então inscrevi o nosso sistema e ganhamos o prêmio, que eu nem lembrava mais qual era. Quando saiu o e-mail da Finep avisando que éramos os vencedores, pensei: “Nossa, que belo jeito que acabar a empresa, ganhando um prêmio”. Quando fui ver, o prêmio era R$ 100 mil. Decidi não mais fechar a empresa. Peguei esse valor, reinvesti na empresa e pivotei. Decidi usar o dinheiro para transformar o novo produto, baseado no teclado. O TiX, que é nosso produto principal, é derivado da ideia desse teclado do Glayson. Surgiu da dor da deficiência da pessoa que criou esse teclado.

SIMI: Você já empreendia antes? Como era seu contato com empreendedorismo?
Adriano: Desde que me formei em Engenharia Elétrica, trabalhei muito pouco tempo com carteira assinada. Dois anos e meio antes de me formar, já trabalhava com hardware, com projetos de eletrônica, programação etc. Logo que me formei, fui para uma empresa maior para trabalhar com tecnologia para mineração. Pouco mais de um ano depois de formado, surgiu a possibilidade de empreender por convite desse professor da UFMG, para montarmos a Geraes e tentar desenvolver esse sistema para cegos pegarem ônibus. Na minha cabeça, iludidamente, eu poderia tocar isso no final de semana. Iria poder continuar trabalhando com mineração e no final de semana iria levando o projeto. Só que em menos de seis meses percebemos que não dava para fazer isso. Pensei “estou novo, não sou casado, não tenho nada em meu nome, não sou arrimo de família, então a hora de fazer algo para dar muito errado é agora”. Decidi largar a mineração e cair de cabeça na empresa, também achando que em pouco tempo a coisa iria virar. Se eu soubesse de metade do que eu passaria, eu jamais teria feito isso. Mas essa é a graça da vida, você não saber o que te espera lá na frente. Tudo que você faz, você faz com entusiasmo, porque você fica com esperança que vai dar certo. Foram nove anos para começar a dar certo. Agora que a coisa está virando, particularmente depois do Seed. A aceleração fez uma grande diferença nesta ascensão da empresa. Já vínhamos numa ascendente, de 2016 para 2017, mas com o impulso do Seed o negócio começou a decolar. Isso lembrando que a startup foi montada em 2009, quando pouco se falava em startup. Ou você era assalariado ou abria ‘firma’. Não havia essa multiplicidade de programas de inovação, de incentivo ao empreendedorismo. Então foi bem complicado. Se eu soubesse que seriam nove anos para começar a dar certo, “putz”, não sei se iria tentar. Agora que o sangue já está pela estrada, não queremos parar de jeito nenhum.

SIMI: Aproveitando o gancho, como era a Geraes antes e depois do Seed? Como foi esse desenvolvimento?
Adriano: Quando fomos selecionados para o Seed, já vínhamos amadurecendo a questão de modelar a empresa para crescer. Até então, em 2016/2017, a empresa era muito dependente de mim como fundador. Meu sócio era professor da UFMG e tinha acabado de aposentar quando passamos no Seed. Então, ele estava entrando na empresa, na prática, depois de oito anos de funcionamento. Sozinho eu não conseguia pensar em escala. Só conseguia pensar em montar e entregar o produto, receber e pagar as contas e fazer o ciclo. Quando entramos no Seed, foi quando meu sócio entrou de cabeça na empresa. foi fundamental para ele se inteirar também do mundo do empreendedorismo, como isso funciona de uma maneira totalmente diferente da academia. Foi legal para ele se nivelar com o que eu estava passando nos últimos anos e também para nós, juntos, nos inteirarmos sobre novos modelos de negócios, sobre novas possibilidades de receitas, sobre como ir para o mercado, como posicionar o produto e as soluções que estávamos oferecendo. Os seis meses que passamos pelo Seed proporcionaram um crescimento conjunto dos fundadores. Com o incentivo financeiro, conseguimos fazer, de uma maneira bem inteligente, aquilo que não conseguíamos, porque nunca tivemos investidor. Conseguimos compor um estoque mínimo e passar a oferecer o produto de uma maneira mais ousada. Não tínhamos como fazer isso porque a vivíamos operando em bootstrapping, que é operar a empresa com os recursos que ela mesma provê. Como não tínhamos um aporte para dar um impulso e sair desse ciclo, o Seed deu esse recurso e nós finalmente saímos desse ciclo e passamos a crescer. Foi uma virada de chave muito importante, tanto do ponto de vista de aprendizado, como também como impulso financeiro para sair daquele estágio. Não adiantaria nada ter o input de conhecimento se a gente não tivesse essa parte financeira para nos apoiar e tirar do lugar.

SIMI: Você falou sobre investidor. Vocês já conseguiram investidor? Como é conseguir investidor na área de tecnologia assistiva?
Adriano:  Nunca buscamos ativamente um investidor, por duas razões basicamente. Primeiro, porque sempre acreditamos na nossa startup. Sempre modelamos como uma empresa convencional do ponto de vista financeiro. Se você abre uma padaria, você tem que gerar caixa no dia seguinte. Não pode ficar esperando um investidor vir e botar dinheiro para girar o negócio. Apesar de ser um produto com potencial de escala, sempre pensamos que se não faturássemos, iríamos morrer. Então sempre demos nosso jeito de gerar caixa para a empresa, de preferência com nossos próprios produtos. De 2015 para 2016, começamos a, efetivamente, não precisar mais contar com empréstimos e colocar dinheiro do nosso próprio bolso para rodar. Isso já foi um grande alívio. Mas nunca paramos para buscar investidor porque já sabíamos que uma hora isso iria, naturalmente, se alimentar. Acreditávamos muito no nosso produto. Outra razão para não buscarmos investidores é porque tanto na área de hardware, como na de tecnologia com pessoas para deficiência, os investidores tradicionais não conhecem muito, não enxergam que é um mercado gigantesco. Não sabem que 20% da população mundial têm alguma deficiência. Eles acham que esse mercado não existe porque você simplesmente não vê essas pessoas na rua. E é isso que estamos fazendo. Abrimos uma startup para tirar a invisibilidade que as pessoas com deficiência tem. A gente está aqui para empoderar as PCDs para fazer com que elas sejam incluídas, para que apareçam.  Quando elas aparecerem todos vão perceber que é um grande mercado. Mas já estaríamos nadando nesse mercado. Agora que não morremos e estamos começando a crescer, estamos nadando em um oceano azul, está bem legal. Há poucos players nesse mercado. Quem quiser entrar no mercado vai ter que aprender muito sobre a causa das PCDs antes de aprender sobre tecnologia. Então nesse momento nem é tão interessante buscar um investidor, porque conseguimos fazer a coisa decolar com esforço próprio. Se a tropeçarmos com alguém que queira fazer parte disso e tenha um feat com nosso negócio, nunca vamos fechar as portas. Mas não é uma necessidade que temos agora. O negócio está andando por conta própria e o melhor dinheiro para se investir na empresa é o dinheiro do seu cliente.

SIMI: Qual é a maior dificuldade para empreender na área de tecnologia assistiva?
Adriano: A primeira é desmistificar algumas coisas. Especialmente no Brasil, existe uma percepção das próprias pessoas com deficiência, e de suas famílias, que todo o equipamento voltado para PCD é caro. Isso não é por acaso. Como não existe praticamente indústria nacional para nada na área, todas as tecnologias estão sendo importadas e chegam aqui por preços exorbitantes. Estávamos começando a quebrar isso agora. As pessoas, às vezes, se negam a procurar soluções para isso por causa do mito do preço. Então, a primeira dificuldade é quebrar isso. A outra questão é convencer todos os stakeholders, os fornecedores, os próprios clientes de que existe uma demanda, existe um mercado para isso. As pessoas estão dispostas a pagar se isso realmente resolver uma dor que elas têm. É justamente aí que tentamos mostrar nosso valor. A gente está entregando alguma coisa que realmente muda a vida dessas pessoas. E nada mais justo do que isso gerar uma processo – financeiramente – que possa escalar. De outra forma isso é filantropia, que, aliás, é outra coisa que precisa ser desmistificada. Muitas vezes, as pessoas falam que estamos ganhando dinheiro em cima das PCD. Não, de forma alguma. Estou melhorando a vida delas. A melhor maneira de melhorar a vida de cada vez mais pessoas é por meio de um negócio. Se eu fosse simplesmente fazer filantropia, doação, caridade, eu não conseguiria escalar. Eu mudaria a vida de uma ou duas pessoas, mas, por meio de um negócio, que é sustentado por sua própria receita, eu posso impactar milhões de pessoas. Não apenas no Brasil, mas lá fora. É preciso que as pessoas mudem esse mindset, de achar que tudo que é relacionado à causa social, ou uma fatia social que está em situação de vulnerabilidade, é uma exploração.

SIMI: O que você vê para o futuro da Geraes?
Adriano: Recentemente, de abril para maio, fomos selecionados como uma das Portfolio Companies da Singularity University. Isso é algo grandioso pra gente. Fazemos parte de um portfólio que é composto por apenas 58 startups do mundo inteiro, que são apoiadas pela Singularity para poder impactar 1 bilhão de pessoas nos próximos 10 anos. Abrimos uma firma nos EUA para isso e a Singularity tem 3% da empresa. Ficamos três semanas no Vale do Silício fazendo um programa de incubação, para aprender sobre estratégias, conhecer nossos conselheiros desta empreitada, que vão nos ajudar a pegar o que desenvolvemos no Brasil e ampliar para ter um impacto também fora. Essa é uma das coisas grandiosas que nos aconteceu este ano e vamos começar a focar em como escalar isso globalmente a partir do segundo semestre. Mas nada vai acontecer lá fora se não estiver acontecendo muito bem aqui dentro. Nossa prioridade ainda é o Brasil, especialmente o mercado educacional, o mercado de inclusão escolar, de alunos com deficiência, principalmente na rede pública. Temos um case muito legal na Prefeitura de Recife, que implantou a nossa tecnologia no início deste ano. Queremos levar nossa solução para outras prefeituras, outros governos de estado e, claro, atender também a pessoa com deficiência que está em casa, que precisa de acessibilidade para usar computador e se comunicar. Vamos continuar atendendo esse público com muita atenção. Foram eles que nos fizeram aprender e melhorar o produto, para entregar algo que gere valor para eles.

Adendo ao edital / Addendum

Adendo ao edital / Addendum

A 5ª rodada do SEED está chegando e a nossa equipe está na raça para que seja sensacional.

O resultado pode ser divulgado a qualquer momento, de acordo com a previsão do edital, a partir de 6 de junho. No último dia 18 foi publicado um adendo ao nosso chamamento público, no Diário Oficial do Estado, remarcando o início da rodada para acontecer a partir de 09 de julho.

Estamos nos preparando e, o mais breve possível, anunciamos as startups selecionadas e o início do programa.

Aqui, você pode ler o adendo.

SEED’s 5th batch is coming and our team is working to make it amazing.
The result can be published at any time, accordingly to our public call, starting June 6th. During June 18th, it was also published an addendum to our public call in the Official Journal of the Union, rescheduling the start of this batch from July 9th onwards.
We are getting ready, and as soon as possible, we will announce the selected startups and the inauguration date for the 5th batch.
Read the addendum here.
#PerfilEmpreendedor: “A Evoé é uma forma democrática de você escolher para onde seu imposto vai”

#PerfilEmpreendedor: “A Evoé é uma forma democrática de você escolher para onde seu imposto vai”

conexão SEED e SIMI-01 (1)

Por: Renato Carvalho/SIMI

Formada em Teatro e Design Gráfico, a empreendedora Bruna Kassab, de 27 anos, é o Perfil Empreendedor desta semana no Conexão SEED e Simi. A fundadora e CEO da startup Evoé, acelerada na 4ª rodada do SEED, tem o propósito de desburocratizar as leis de incentivo e ajudar na melhor distribuição do dinheiro da cultura.

De família libanesa, Bruna batalha para abrir espaço para sua startup no mercado e também para as mulheres empreendedoras. Quer conhecer um pouco mais sobre ela? Confira a entrevista na íntegra:

SIMI: O que é a Evoé?
Bruna: A Evoé é uma plataforma de financiamento coletivo, com o diferencial de usar leis de incentivo à cultura. A gente brinca que queremos hackear a Lei Rouanet, a lei federal de incentivo à cultura. Aceitamos projetos aprovados por essa lei e, pessoas físicas, que fazem a declaração completa de imposto de renda, podem destinar parte do imposto para a lei. Então, é um financiamento coletivo com imposto de renda. As pessoas não sabem que isso existe. A ideia é simplificar e desburocratizar as leis de incentivo para o dinheiro da cultura ser melhor distribuído.

SIMI: Como surgiu essa dor, como decidiram criar a Evoé?
Bruna: Foi uma dor muito pessoal. Eu sou formada em Teatro e sempre escuto que na vida é preciso ter um plano B, porque ser artista não é uma profissão que dá dinheiro. Comecei a fazer cursos de empreendedorismo, estava meio perdida na vida. Durante um curso havia uma banca em que tinha que apresentar uma ideia e assim começou a nascer a Evoé. Comecei a estudar sobre leis de incentivo e vi que tinha muito dinheiro parado e que poderia ser utilizado. Ninguém fala sobre os mecanismos que existem. Conheci, durante esse meio tempo, uma cineasta que conseguiu levantar R$ 100 mil para um curta só batendo em porta de pessoa física. É um dinheiro que você já paga para o Governo, mas que pode destinar para a cultura. Você pode destinar a um projeto 6% do valor devido do imposto. Pensei em levar isso para o online. Quando comecei, não tinha nem noção do que era startup. Achei um desenvolvedor, que começou como um freela, e apareceram várias pedras no caminho. Achei que ia lançar a plataforma e já começaria a dar dinheiro e que seria tudo lindo e maravilhoso, mas não é bem assim. Aos poucos comecei a entrar nesse mundo de empreendedorismo e startups. Vi que precisava ter um desenvolvedor comigo, porque meu core business é tecnologia. Então, pensei: “vou iniciar a Evoé para começar a tirar meus projetos pessoais do papel”. Mas a última coisa que tive tempo foi para fazer isso.

SIMI: Então você nunca teve outras experiências com empreendedorismo antes da Evoé?
Bruna: Já trabalhei, formei em Design de Interiores, minha mãe tem uma empresa de comércio exterior. Venho de uma família empreendedora. Minha mãe sempre me botou para trabalhar desde cedo. Já trabalhei nessa área durante seis anos, mas administrava o escritório com minha mãe. Não via propósito, não era o que eu gostava de fazer. Em design também fiz vários estágios, trabalhei, mas eu via mais como um hobby do que como profissão. Resolvi arriscar. Minha mãe me inspira muito, minha avó inspirou muito minha mãe. Somos de uma família de mulheres que empreendem.

SIMI: Você é formada em Design e Teatro. Como foi sair dessa área criativa e ir para o empreendedorismo?
Bruna: Não sinto que saí. Sinto que faço parte de cada  projeto que entra na Evoé. Ainda tenho meu tempo livre e foco nesta parte. Mas, claro, a Evoé é um bebê, está nascendo, então a maioria do meu tempo está focado nisso e o resultado tem sido muito legal. Ainda não desisti. É algo que ainda tenho em mente, só não estou depositando 100% da minha energia. Quando a Evoé começar a engatar, vou poder me dedicar aos dois ao mesmo tempo.

SIMI: Qual é a maior dificuldade que você encontrou na Evoé?
Bruna: A gente tinha, no início, um problema muito grande de equipe. Vamos aprendendo. Eu não tinha noção alguma de liderança, de montar equipe. E o SEED me ajudou muito com isso. Depois que a Evoé entrou no programa, amadureceu 300%, não sei nem explicar. A startup começou em outubro de 2015, então este ano ela faz três anos. Ano passado foi uma escola para mim como empreendedora. Acho que errei muito, gastei muito dinheiro onde não devia, depois vi que estava fazendo errado. Estava usando muito o lado artístico e faltava o lado analítico, de tecnologia. Aos poucos, o time foi sendo montado. Nossa maior dificuldade foi achar as pessoas certas. Hoje estamos com um time ‘foda’.

SIMI: Mas dificuldades com as leis de incentivo? Enfrentou alguma?
Bruna: Demais. Até hoje. É um trabalho de formiguinha que a gente está adorando fazer. É algo que tem que ser discutido sim, é o nosso dinheiro, temos que fazer o negócio acontecer. Alguém tem que se preocupar com isso. Quando dá certo é muito legal, a gente faz porque a gente ama mesmo. Não é fácil querer mudar um sistema que está aí há anos, com pessoas que estão há anos no mercado fazendo a mesma coisa. E aí entra uma galera jovem, com tecnologia, tem quem goste e quem não goste. Esse mercado da cultura é bem fechado. Mas tem muita gente nos apoiando, como a Receita Federal, o MINC (Ministério da Cultura), então você vê que as pessoas querem ver acontecer. É um trabalho diário, suado, que atinge uma pessoa e no ano seguinte ela faz de novo.

SIMI: Atualmente há um grande movimento contrário à lei de incentivo. Como é o trabalho com as pessoas para destinar o imposto para a cultura?
Bruna: As pessoas criticam muito a lei, mas não sabem como ela funciona de fato. Quando se é aprovado pela Lei Rouanet, você recebeu um O.K para captar o recurso, não é o governo te dando o dinheiro. A lógica é você ir em grandes empresas, que são quem fazem lucro real, e as empresas dão parte do imposto em troca de marketing cultural e tudo mais. A Evoé é uma oportunidade para projetos pequenos que estão começando e que as empresas não têm interesse em patrocinar. Por isso essa coisa da pessoa física é para todo mundo ter oportunidade. A Rouanet é a lei que mais dá dinheiro para a cultura hoje. Eu sempre tento explicar, mas as pessoas sempre criticam muito. Quando fala do Governo as pessoas dão 10 passos para trás. É um trabalho de educação. Às vezes a pessoa nem faz a doação com o potencial total, para ver se o dinheiro vai voltar, se vair cair na malha fina ou não, mas depois elas vêm que dá certo. Elas acham que é bom demais para ser verdade. “Como assim eu estou colocando um dinheiro que eu já pagaria para o Governo em algo que eu acredito?”. Pelo momento em que estamos vivendo na política do Brasil, é uma oportunidade de, pelo menos 6% do seu imposto, você saber para onde está indo. Só de saberem que parte do imposto não está indo para o bolo do governo, as pessoas já ficam mais aliviadas. É uma forma democrática de você escolher para onde seu imposto vai. As pessoas que fazem uma vez, veem que é tranquilo, tudo certinho, no ano seguinte já chegam com os 6% para investir na cultura. Brasileiro ainda não tem uma cultura de doação muito forte. Lá fora, vários equipamentos culturais são financiados em grande parte por pessoas físicas. Os produtos culturais, hoje em dia, não querem ficar na mão de um único patrocinador, porque se naquele ano o patrocinador não tem lucro, você perde seu patrocínio inteiro. Então, a gente acredita muito no poder do coletivo, e pessoas fazendo junto, acreditando em pessoas. O financiamento coletivo foi uma ferramenta que está em crescimento, é uma forma de ser transparente, tudo online. Não é fácil. É um desafio diário, mas que estamos enfrentando.

SIMI: Você falou da sua mãe e sua avó. Qual o papel da sua família na sua decisão de empreender?
Bruna: A história da minha avó é muito forte. Ela veio fugida do Líbano com minha mãe no colo, porque se separou lá. Ela foi uma das primeiras mulheres libanesas a se divorciar, de um casamento arranjado. Veio porque tinha alguns parentes morando aqui e lá não podia fazer nada. Ela colocou minha mãe, com 13 anos, no colo e veio para cá, sem falar português. Começou a vender marmita árabe para sobreviver aqui. Ela foi uma mulher muito forte e corajosa. Acho que ela nem tem noção dessa força, de largar tudo, e vir para um país desconhecido. Já minha mãe fez Comércio Exterior, começou a trabalhar desde muito cedo. E aí um dia ela foi demitida, com três filhas para criar, já estava divorciada. Minha avó tinha algumas jóias, acreditou na minha mãe, penhorou essas jóias e minha mãe começou a empreender, com 30 e poucos anos, abrindo a empresa dela de comércio exterior. Minha mãe foi muito esperta, pegou as pessoas-chave do mercado, e começou assim. Hoje a empresa cresceu muito. Tive esse privilégio, esse conforto, de poder arriscar. Do mesmo jeito que minha avó ajudou minha mãe, minha mãe me apoiou desde o dia 1. Ela até me chamou, conversou comigo, perguntou se eu tinha certeza que queria abrir o próprio negócio. Porque a partir do momento que você tem um negócio é trabalho 24 horas por dia, você não fica tranquilo enquanto o salário da galera não está pago, você não vai ter um chefe só, você vai ter milhares. Minha mãe foi minha coach. Assim como minha avó apoiou minha mãe, minha mãe sempre acreditou e me apoiou. Vejo que as gerações vão mudando. Minha avó empreendeu por sobrevivência. Minha mãe começou a empreender por necessidade de ganhar dinheiro. Ela falava que não sabia se amava comércio exterior, mas que era o que ela havia feito na faculdade e sabia fazer. Hoje em dia, eu penso no bem comum, não vou empreender sem pensar no propósito. Na Evoé todo mundo vê as coisas acontecendo e sente parte daquilo. Por isso acho que não dei conta de trabalhar com minha mãe, de virar ‘herdeira’ (rs), vamos dizer assim. Já estava tudo pronto, montado e eu poderia acomodar e seguir minha vida.

SIMI: Vindo de uma família de mulheres fortes, como é ser uma mulher empreendedora em um mercado ainda muito machista?
Bruna:  Quando eu cheguei no SEED assustei. Eu lembro que de um universo de 40 startups, apenas 7 CEOs eram mulheres. Então é um número ainda muito baixo. Eu lembro que não tinha nenhuma desenvolvedora mulher. Agora, cada vez mais, tem rolado mais movimentos de mulheres na tecnologia. Mas é sim um mercado fechado, que está começando a se abrir. Durante o programa, via machismos acontecendo. Acho que está tão enraizado nas pessoas que passa sem perceber. A gente vê que a maioria dos palestrantes são homens, que no dia 1 não veio nenhuma mulher empreendedora falar, então as mulheres sentem. Para a maioria das pessoas é muito natural, mas sinto que há muito mulher ‘foda’ fazendo muita coisa ‘foda’. A gente vai ocupar tudo, já está ocupando. Sinto muito orgulho de ter feito parte do SEED, esse programa é sensacional.

SIMI: Mas é mais difícil empreender sendo mulher?
Bruna: No mercado de tecnologia já senti . Às vezes, você vai conversar com investidor e eles não dão tanta moral por ser mulher. Já percebi em várias reuniões que a pessoa não olha para você. Mas ao mesmo tempo tem muita gente abrindo a cabeça. Isso já está tão pré-histórico. A ideia é as mulheres irem com tudo. Conheci cada mulher sensacional aqui, que me inspira, a Janayna Bhering, a Ju Brasil, a Amanda Busato, todas empreendedoras da rodada passada. A gente tinha um grupo de CEOs mulheres, a gente se apoiava. A gente tem que se unir. O grupo era para discutir sobre funcionários, lideranças. Faltava essa força das mulheres e a gente resolveu se unir. Mas no mercado ainda falta muito.

SIMI: Como você avalia a Evoé antes e depois do SEED?
Bruna: Sempre falo: a palavra é amadurecimento. Antes eu nem sabia o que era uma startup. A gente caiu muito de paraquedas, nem sei como fomos aprovados. Mas foi muito legal. Acho que eu, Bruna, como empreendedora, cresci muito. Ainda tenho muito o que crescer, estou engatinhando ainda. Todo dia apanho, aprendo demais, mas o Seed foi tapa na cara todo santo dia. Foram seis meses muito intensos. Eu reestruturei minha equipe inteira. A plataforma mudou muita coisa, comecei a enxergar que estava perdendo muito tempo com coisas à toa, que não me levariam aonde eu queria chegar. Trabalhar com objetivo, com foco. Antes estava apenas indo, não tinha uma estratégia, não tinha um foco, não tinha alguém para puxar. O programa foi me puxando e a Evoé cresceu muito. Foi uma escola. A troca entre os empreendedores, o networking aqui foi sensacional. As portas que se abrem, a visibilidade é muito grande. O aporte financeiro é o de menos. Você vira parte da família e sei que tudo que precisar vai estar aí no SEED.

SIMI: Como a Evoé está hoje?
Bruna: A gente está numa fase de reformulação da plataforma. Ela foi começando de uma forma muito imatura, e aí resolvemos colocá-la para baixo e começar do zero, senão iria virar um emaranhado de coisas. Acredito que em julho vamos lançar a plataforma 2.0, sempre em construção. A gente recebe feedback dos usuários dos projetos e vai sempre melhorando. Eu falo que meu objetivo nunca foi ser uma plataforma de financiamento coletivo. O objetivo é desenvolver e trazer sustentabilidade para projetos da economia criativa. A plataforma é apenas uma ferramenta. A gente tem visto outros mercados e formas de fazer o inverso, de fazer parceria com contadores para a Receita Federal. Esse ano a gente começou a trabalhar nisso para ter a base de apoiadores para dividir entre os projetos. Ao invés de ter os projetos para correr atrás dos apoiadores. Ter essa base de dinheiro, de imposto, para que cada vez mais projetos aconteçam e saiam do papel.

SIMI: Nesta longa escadaria que é empreender, qual seria o próximo degrau para a startup?
Bruna: Olha, primeiro a gente tem que dominar o local, nossa cidade, nosso estado. A gente não quer dominar o mundo. Estamos entendendo. Tem muita coisa acontecendo, a cena cultural de Belo Horizonte está vibrante. Então primeiro estamos focados nisso para esse resto de 2018. Mas é claro que queremos crescer. A gente já teve projetos pelo Brasil, mas acho que o próximo passo é se tornar referência. Quando se pensar em cultura, se pensar em Evoé. A gente tem muitas ideias, mas não tem tanto braço para fazer. A gente faz eventos mensais na Evoé para discutir assuntos. Tudo que você imaginar que desenvolve a economia criativa, a gente faz. Esse ano estamos focando na plataforma, para ser linda, e depois a gente foca na parte criativa.

Via SIMI

#SEEDiário – O que aconteceu por aqui em maio

#SEEDiário – O que aconteceu por aqui em maio

Maio é conhecido por ser o mês das noivas, mês das mães e do orgulho geek. Por aqui, foi um mês agitado, marcado por muitos eventos, conexões e pelas consequências da greve dos caminhoneiros, que paralisou o país.

Em meio a todos esses acontecimentos,  foi um mês intenso, em que toda a equipe se mobilizou para planejar uma chegada épica para as 40 novas startups que participam da nossa 5ª rodada de aceleração.

Quer saber mais sobre os acontecimentos no SEED? Então, continue com a gente!

 

Perfil empreendedor

Na primeira semana do mês lançamos a editoria Perfil Empreendedor, feita em parceria com o Simi Nela, contamos a trajetória dos empreendedores que passaram por aqui, mostrando as perdas, ganhos, fracassos e glórias que vêm junto com o ato de  empreender. Já lançamos quatro, confira:


Aprendizado intenso no SEED Academy

O SEED Academy, nosso programa de formação de agentes de aceleração, teve  grandes momentos em maio. Os academers tiveram contato com diversos conteúdos importantes para o trabalho com startups. Na primeira do mês semana participaram de exposições de profissionais  de mercado falando sobre vendas, estratégia, marketing e comunicação, cultura, financiamento e tudo mais que interessa o universo de empreendedorismo e inovação. Cobertura completa aqui

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Nas outras semanas, aprenderam e aplicaram as metodologias de design sprint para resolver problemas reais e colocaram na prática o que aprenderam a partir do trabalho com empreendedores acelerados pelo SEED.

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O programa contou com 240 horas de teoria e prática e encerrou-se no dia 31 de maio. Formamos 10 agentes capacitados para contribuir com o ecossistema de empreendedorismo e inovação local e global, a partir do apoio ao desenvolvimento de modelos de negócio e produtos.

O encerramento aconteceu na quarta-feira, 30 de maio, e contou com a apresentação dos trabalhos finais e feedbacks por parte dos academers e da equipe de aceleração do SEED. O programa de formação teve resultados sensacionais e todo mundo saiu feliz. Em breve, iremos contar quais foram os 06 selecionados para trabalhar conosco e para onde os outros 04 irão. Valeu, galera! ❤


Eventos no SEED

No dia 09 de maio, o SEED recebeu o Founder Institute em um evento que reuniu agentes ativos do ecossistema de empreendedorismo e inovação de Belo Horizonte.

founder-institute

O Café 104 sediou o encerramento da Semana de Comunicação e Mercado da Faculdade Promove, que contou com palestras do Daniel Oliveira, coordenador de aceleração do SEED, de nomes do ecossistema, representantes do Lemonade, Hub Minas Digital e da startup Melhor Plano.  

Em 24 de maio, recebemos, no Café 104, o FuckUp Nights, realizado pela Húmus, com quatro convidados, incluindo nosso program manager, Bruno Scolari, para falar dos seus fracassos e, consequentemente, dos seus aprendizados. Foi um sucesso!

fuckupnights

Também recebemos o Red Bull Basement, no dia 26 de maio, para falar sobre tecnologia, inovação, startups, empreendedorismo e, por fim, para apresentar o projeto Basement da Red Bull.

redbullbasement
#SEEDRecebeu

Recebemos várias visitas especiais este mês, olha só:


SEED por aí

Nosso program manager, Bruno Scolari, além de participar do FuckUp Nights,  também representou o SEED, no dia 23 de maio, na Amcham BH, na mesa “As várias facetas do empreendedor na capital” com grandes nomes do empreendedorismo da cidade.

Fomos na inauguração da obra do P7 Criativo, uma agência de desenvolvimento da indústria criativa de Minas Gerais. O novo prédio ficará no coração da cidade, bem na Praça Sete.

Nossa Biz Dev, Lorena Mancini, participou de um webinário da Yes7 contar por que  Minas Gerais é o lugar certo para empreender.

O SEED marcou presença – tanto a equipe quanto os alumnis – no Corporate Startup Summit, da Fiemg Lab, que trouxe convidados  nacionais e internacionais de grandes empresa para falar sobre inovação na indústria, no varejo, na saúde, na construção civil e sobre transformação digital. No evento, tivemos o prazer de assistir a uma roda de conversa com um empreendedor que passou pelo SEED, Gustavo Landsberg, da Canguru Gravidez.

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Estivemos, a convite do Simi, no Sebrae Reload, um evento sobre marketing digital e novas tecnologias, organizado pelo Sebrae MG, com palestras de Martha Gabriel, Vitor Peçanha e Jout Jout.

Para fechar o mês com chave de ouro, nossos coordenadores do programa foram até a Meliuz e foram recebidos pelo CEO, Israel Salmen, para uma conversa sobre day outs, mentorias e outras formas de colaboração.


Um marco!

Atingimos a marca de 5k no Instagram e ficamos muito felizes pela confiança e parceria de todos. Bora chegar nos 10k agora? ❤


Comemoração

Túlio, nosso agente de aceleração, e a Tássia, community manager, assopraram as velinhas e comemoraram mais um ano de vida com a gente! 🎂

tulio-aniversario

E aí, curtiu os acontecimentos no SEED? Nos acompanhe nas redes sociais e fique por dentro de tudo que acontece por aqui em primeira mão. 😉

#PerfilEmpreendedor: “Growth Hacking é fundamental em qualquer startup”

#PerfilEmpreendedor: “Growth Hacking é fundamental em qualquer startup”

conexão SEED e SIMI-01 (1)Por: Renato Carvalho/SIMI

O #PerfilEmpreendedor desta semana conta um pouco das experiências e visões do responsável pela Tecnologia e Marketing na MyPS, Bruno Ferrão. Com 39 anos, ele aposta no Growth Hacking como caminho para o sucesso de qualquer empresa.

Confira a entrevista completa:

SIMI: Como você entrou na MyPS?

Bruno: Eu tinha uma agência de marketing digital. A Juliana Brasil, fundadora da startup, foi minha colega de trabalho na Reciclo Comunicação, uma agência onde participei na criação do núcleo de inteligência digital, na época da convergência offline + digital. Fomos colegas durante um ano e meio. Quando teve a ideia de montar a MyPS, me procurou e acabei entregando uma consultoria, explicando como funciona os modelos de negócios e a gente desenvolveu a plataforma juntos. Eu recomendei que procurasse o ecossistema de startups, pois vi que o negócio tinha a ver com inovação e seria interessante para absorver o conhecimento e fazer conexões. Mais tarde, quando ela participou do programa de pré-aceleração do Lemonade, ela me procurou e me passou um monte de demandas. Eu vi que era muita coisa e que a plataforma precisaria de ajustes constantes. Foi aí que acabei entrando para a equipe.

SIMI:  Mas você já tinha tido algum contato com empreendedorismo?

Bruno: Eu frequento o SEED desde o primeiro ano, no primeiro Batch. Participei do primeiro Startup Weekend de BH e, na época, eu tinha uma startup que chamava Clube do Saldo, que também era do setor de moda e vestuário. Era um marketplace que conectava marcas de roupas com lojistas de todo o Brasil. Pouca gente sabe, mas muitas vezes, algumas marcas costumam ir para a China fazer um grande pedido, trazem um container com roupas e só conseguem vender 70%. Os outros 30% não tem destino certo. Eles não têm o que fazer com esse saldo. O Clube do Saldo pegava esse material e negociava com lojas de todo o Brasil todo com um valor mais interessante.

SIMI: Você falou que esteve presente em diversos momentos dos SEED.  O que você notou de diferença? Como foi essa evolução?

Bruno: Mudou em termos de amadurecimento. Não só o SEED, mas o ecossistema como um todo. A forma de lidar com startups e desenvolvimento de empresas evoluiu. Agora temos muito mais especialidades, mais informação, muito mais oportunidades de conexão com negócios e investidores. Há também uma participação mais ativa do estado. Naquela época não tínhamos a FINIT e esse evento sensacional é só uma ponta do trabalho que o pessoal da Sedectes está fazendo no estado.

SIMI: Como as startups lidam com a comunicação? Qual a importância de dar valor à esta área?

Bruno: Isto é uma coisa que mudou muito desde a primeira turma do SEED. No Clube do Saldo, tínhamos uma preocupação muito pequena com marketing e comunicação. Mas, esta área tem um papel fundamental no processo, não só para colocar a empresa na prateleira, mas para acelerar as vendas e proporcionar mais conexões.

SIMI: Na área de marketing, você tem algum conselho para quem está começando a empreender?

Bruno: O Growth Hacking* é indispensável para qualquer startup. Temos um grupo super ativo no Facebook que chama Growth Hackers Brasil, onde estão reunidos os principais profissionais atuantes no Brasil e a troca é muito legal. Fizemos o primeiro meetup de Growth Hackers em BH, no final do ano passado. A gente pretende fazer o segundo assim que começar a próxima rodada do SEED, porque queremos disseminar o mindset entre as novas startups.

SIMI: Na faculdade de comunicação ainda é raro ver algum incentivo para empreender. Como mudar esse mindset? Como incentivar os profissionais desta área a abrir seu próprio negócio?

Bruno: Agora que está mais claro o papel fundamental da comunicação e do marketing também no cenário da inovação, o pessoal tem que começar a participar mais e absorver mais do ecossistema e fazer parte. As startups precisam ficar ligadas nisso e procurarem esses profissionais. Normalmente, quem forma em comunicação vai procurar empregos tradicionais, que já não conta com muitos postos de trabalho. Precisamos desse pessoal mais envolvido com o ecossistema.

SIMI: Qual a importância do Growth Hacking para as empresas?

Bruno: Growth Hacker é um profissional que reúne conhecimentos de T.I, engenharia, de marketing e precisa ser criativo. Ele é fundamental em qualquer startup porque é quem vai implementar estratégias fora da curva, para alavancar e fazer crescer mais rápido. Fomos destaque no SEED na rodada passada, ganhamos uma viagem para o Vale do Silício, e o que vimos por lá, é que as startups adotam esse mindset desde o estágio inicial.

SIMI: Você tem alguma meta pessoal como empreendedor?

Bruno: Minha mãe acha que é um defeito, e eu acho que é uma virtude. Eu tenho uma coisa comigo de ajudar as pessoas. Além da MyPS, estou sempre buscando dar uma força para a galera que está empreendendo. Às vezes uma mentoria, às vezes uma consultoria, ou só uma dica, tentando mostrar algo que não tenham notado ainda. Eu tenho essa coisa de ajudar, de querer fazer parte desse processo.

SIMI: O que o SEED acrescentou para você?

Bruno: O SEED foi um divisor de águas. O crescimento profissional é uma coisa absurda: muitas conexões e muito conhecimento absorvido em um período tão curto de tempo. Eu já estava começando a trabalhar a consultoria, mas depois do SEED a coisa deslanchou. O programa agregou demais à minha vida.

SIMI: Qual é a diferença para a rotina de trabalho em uma startup e para uma empresa tradicional?

Bruno: Na empresa tradicional não é que você trabalha 8 horas por dia, às vezes é muito mais que isso também fazendo hora extra. Mas, em sua startup, é 24/7, você dorme e acorda pensando naquilo. Tudo que faz é pensando naquilo, até nos momentos de lazer. É mais prazeroso, porque você está construindo algo próprio. Além disso, a startup tem um time, que está em sua responsabilidade, as pessoas contam com você. O peso é muito maior.

SIMI: Você tem alguma referência na área, alguém em quem você se inspira?

Bruno: Um nome que qualquer Growth Hacker conhece é o Raphael Lassance. Ele é referência no Brasil em Growth Hacking e dá muita palestra pelo país. É um profissional fora de série.

SIMI: O que você gosta de fazer nas horas livres?

Bruno: Eu gosto muito de cultura. Então estou sempre trabalhando na cena musical daqui, principalmente com o pessoal autoral. Faço o BH Tattoo Festival, mas eu estou envolvido com esse pessoal das banda. Eu toco guitarra desde os 11 anos de idade e já tive uma cinco bandas. Quando era mais novo ouvia muito metal, estamos em BH, né, berço do Sepultura.

*Growth Hacking pode ser definido como marketing orientado a experimentos. Com ele, é possível encontrar oportunidades – hacks – e criar estratégias específicas visando o crescimento – growth – da empresa ou startup.

Via Simi

Resultados da 5ª rodada

Resultados da 5ª rodada

Fazer uma inscrição é sempre algo que demanda esforço, tempo e dedicação, certo? Seja para faculdade, para um evento, intercâmbio ou programa de aceleração.

As inscrições para a 5ª rodada do SEED começaram no dia 08 de março e foram até o dia 06 de abril de 2018. Os números foram de acordo com o esperado, assim como a diversidade de países e estados ficaram dentro do esperado pela equipe do SEED.

Confira o compilado de resultados no infográfico abaixo:

5_rodada_resultados

Os 40 selecionados serão anunciados no dia 06 de junho de 2018. Continuem nos acompanhando nas redes sociais para saber, em primeira mão, sobre os resultados do processo seletivo.

Tire suas dúvidas sobre o edital

Tire suas dúvidas sobre o edital

As inscrições para a 5ª rodada do SEED – Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development – estão abertas! O programa tem como objetivo fomentar o ecossistema de empreendedorismo e inovação em Minas Gerais, através da seleção de 40 startups e empresas de base tecnológica para serem aceleradas. Cada selecionada recebe, além dos benefícios não financeiros, como mentorias, espaço de trabalho em coworking, armazenamento de dados em nuvem e muitos outros, capital semente de até R$ 80 mil, livre de participação. O edital estará disponível no site do Minas Digital.

Pensando nas possíveis dúvidas dos interessados, criamos um FAQ especial explicando tudo que é preciso saber sobre o processo de inscrição para a rodada. Confira!

Sobre o SEED

O SEED é um dos maiores agentes de fomento do ecossistema de empreendedorismo e inovação brasileiro. Sua principal iniciativa é o programa de aceleração de startups para empreendedores do mundo todo que queiram desenvolver seus negócios em Minas Gerais. O programa é uma experiência única de desenvolvimento de startups, além de potencializar a interação e a transferência de conhecimento e habilidades entre empreendedores apoiados e o ecossistema local e global. Ele é parte do Minas Digital, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (SEDECTES), que tem como objetivo difundir a mentalidade empreendedora e tornar Minas Gerais o maior hub de startups e inovação da América Latina, e é financiado pela Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

Com o primeiro edital lançado em 2013, o SEED já promoveu quatro rodadas de aceleração, todos com a elegibilidade de pessoas físicas e não apenas de startups já cadastradas como pessoa jurídica. O programa atingiu a marca de 5.408 inscrições e contou com a participação de 152 startups, sendo 116 brasileiras e 36 estrangeiras de 25 nacionalidades, com um total de 384 empreendedores. As empresas aceleradas geraram 300 empregos diretos em MG e captaram cerca de R$ 22 milhões em investimentos. O coworking do programa recebeu, apenas em 2017, nove mil visitantes.

Quem já passou por aqui aprova

“Com a participação no SEED pudemos profissionalizar nosso negócio, aprender a partir da experiência de outras empresas e evoluir muito. As mentorias foram essenciais para nos guiar por caminhos que nos levaram a um desenvolvimento genuíno do negócio, que não teríamos conseguido sozinhos”, conta Paola Cicarelli, co-fundadora da Cuboz que participou da 4º rodada do programa em 2017.

E aí, esclarecemos suas dúvidas? Se quiser saber mais do processo de inscrição, nos acompanhe em nossas redes sociais ou mande um e-mail para seed@fco.org.br.

Demoday 100 Open Startups conecta empreendedores em Belo Horizonte

Demoday 100 Open Startups conecta empreendedores em Belo Horizonte

Startups, empresários e investidores ligados ao empreendedorismo e inovação tiveram a oportunidade de se conectarem durante o Demoday 100 Open Startups Belo Horizonte. O evento, que ocorreu na tarde desta quinta-feira (03), no Espaço CentoEQuatro, no centro da capital mineira, é uma prévia do que vai acontecer nos dias 31 de outubro a 5 de novembro na FINIT (Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia), promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SEDECTES).

As 18 startups mineiras mais bem ranqueadas no 100 Open Startups 2017 apresentaram seus pitches e foram avaliadas por investidores renomados do ecossistema de empreendedorismo. “Nosso objetivo é conectar mais startups, grandes empresas e avaliadores ao programa, ressaltando que o Estado de Minas Gerais é um dos que mais têm startups participantes”, garante Bruno Rondani, fundador e CEO do programa 100 Open Startups.

Belo Horizonte tem grande representatividade dentro do movimento 100 Open Startups. Além de ser a segunda capital da inovação no país, possui 177 startups participantes, 41 grandes empresas, 254 avaliadores, 1.224 avaliações realizadas e possui 23 startups que entraram para o ranking das mais inovadoras de 2017.  Diante deste cenário, estar entre as top 100 do programa significa ter mais chances de crescimento e desenvolvimento, uma vez que o movimento permite o relacionamento com agentes-chave, como grandes empresas, investidores e aceleradoras que procuram soluções nas empresas iniciantes.

Para o superintendente de Inovação Tecnológica, Roberto Rosenbaum, Minas Gerais tem um dos melhores cenários para se investir.  “A SEDECTES conseguiu fazer Minas ser referência em tecnologia, canalizando nas áreas de inovação. Além de investir em empreendedorismo, hoje temos os centros de pesquisas que atraem cada vez mais mão de obra qualificada”, afirmou o superintendente da SEDECTES. Ele também aproveitou para convidar todos a participarem da FINIT, evento que apresentará os resultados dos investimentos do Governo de Minas na área de empreendedorismo.

Instrutor de discurso da Apple ensina empreendedores do SEED a fazerem um pitch perfeito

Instrutor de discurso da Apple ensina empreendedores do SEED a fazerem um pitch perfeito

O SEED recebeu, na tarde desta quinta-feira (03), o instrutor de discurso da Apple, Buddy Burke. Durante duas horas, os empreendedores acelerados tiveram a oportunidade de aprender como falar em público de forma clara, com o objetivo de atrair investidores. Após participarem de palestras e dinâmicas, os empreendedores do SEED tiveram seus pitches avaliados pelos convidados.

“A música é o silêncio entre as notas musicais”, disse Buddy Burke, parafraseando o compositor francês, Claude-Achille Debussy. Burke, que é especialista em ajudar cientistas e empresários a criarem pitches para investidores, garante que para um empreendedor atrair a atenção de seu público é necessário usar a entonação e a pausa corretamente, frisando a importância de uma boa oratória.

Nos dias que ficou em Belo Horizonte, Burke percebeu que os empreendedores brasileiros são os que mais compartilham conhecimento no planeta. “Não sei se é apenas uma virtude dos empreendedores belo-horizontinos ou se é dos brasileiros em geral, mas estou admirado como pessoas de sucesso contam suas virtudes. Vocês não são egoístas e acredito este ser o caminho para o sucesso”, afirma.

Durante a conversa com o instrutor, a maior dúvida dos empreendedores do SEED foi sobre qual a forma de fazer o melhor pitch. De acordo com Burke, isso não existe, uma melhor maneira ou fórmula pronta. Primeiro é preciso entender com quem você está falando, porque a apresentação muda de acordo com o público. Uma coisa que faz sentido para um investidor, pode não ser tão relevante para um cliente, por exemplo. Então, o discurso precisa fazer sentido para quem está escutando naquele momento.

Segundo Burke, o início do pitch é muito importante, pois é nele que você prende a atenção do seu público. Por isso, duas formas efetivas são: começar com uma pergunta ou colocar uma questão intrigante. Ele também falou que memorizar a apresentação nem sempre é a melhor estratégia. “É melhor dividir o pitch em tópicos, praticando o tom, ritmo e pausa entre as falas. Isso é o que bons discursadores dominam. É só ver o TED ou comediantes, por exemplo”, explica o especialista.

Storytelling também é uma forma efetiva para apresentar um bom pitch. De acordo com Burke, contar histórias é um hábito humano e todos gostam de ouvir uma quando bem contada, principalmente quando ela é pessoal, pois gera identificação. Isso também é possível fazer com empresas B2B, mas lembrando sempre de ir ao ponto, o diferencial da sua startup.

Ele ainda ressaltou que slides são importantes, mas devem ser apenas suporte para a fala, sendo claros, concisos, contendo o essencial – ideia, finanças e time. Por fim, o especialista garantiu que o pitch fica melhor a cada repetição. Então é preciso praticar, praticar e praticar sempre que possível, sem medo. Dessa forma, Burke garante uma apresentação segura que vai conquistar a atenção do público.

João Gustavo Claudino, CEO da Load Control, apresentando seu pitch

 

Não participou desta oportunidade e quer montar um pitch que faça com que todos tenham interesse em escutar? Veja algumas dicas do especialista Buddy Burke:

  • Antes de apresentar, boceje para abrir a garganta
  • Comece com uma declaração provocativa ou uma pergunta para abrir seu pitch
  • Conte o que você fará por quem está te ouvindo?
  • Entenda uma coisa: eles não se importam com você ou com quem você é, mas sim com seu produto ou serviço
  • Sempre que possível, coloque o público em uma história,
  • Pratique no chuveiro, pratique no seu carro, pratique onde você puder
  • Números: não basta deixá-los soltos, eles precisam fazer sentido
  • Nunca leia os slides, eles devem ser poucos e apenas complementar sua conversa
  • Sorria e sorria novamente
  • Mantenha o público com você: você está compartilhando algo que eles precisam saber
  • Use o ritmo para manter seu pitch interessante e compreensível
  • Faça pausas com frequência e você se destacará
  • Divirta-se e deixe-os com algo para pensar
  • Termine fortemente!